EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20061124

Para todos os dias e não só quando chove



Foi lançado em Outubro, com a chancela d' a Esfera dos Livros, a obra "Os Amores de Salazar" de Felícia Cabrita, ex- jornalista do Expresso e agora a trabalhar no SOL. A base deste ensaio teve publicação no Expresso em 1999, com o título de "Mulheres da Salazar", continuando um artigo do mesmo jornal do ano anterior. Felícia Cabrita a quem devemos a divulgação do escândalo da Casa Pia, é jornalista de investigação e depois de aturada pesquisa, revela factos novos com base em documentos escritos, fotos e mais testemunhos. O Prefácio da autoria do Prof. Freitas do Amaral é uma excelente abordagem. Para o prefaciador este livro permite conhecer melhor a personalidade de Salazar, num aspecto essencial, e escondido, da sua vida. A propósito da rejeição de Carolina Asseca, que Salazar conheceu em 1944, filha de uma influente e poderosa família, que no seu entender seria a sua mulher ideal, dentre a dezena de mulheres de quem mais se acercou, escreve o seguinte: (…) "Para ele (o Poder), ou era absoluto, ou já não era Poder. A razão de Estado venceu a força do amor e a intensa atracção de possuir um lar feliz". Salazar teve medo, não podia, partilhar o Poder e não queria sofrer as influências da esposa e da sua família. Salazar retornou aos seus habituais e pontuais casos amorosos, mas sem se voltar a comprometer.



Casa no Largo Pinto Gata onde Salazar viveu, quando era conhecido como o "troca tintas"

Leia aqui o Prefácio e as primeiras páginas