EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20091230

Viseu, Inverno no Rio Pavia


O Inverno que começou há poucos já dias encheu o Rio Pavia, embora felizmente ainda não tenha havido nenhuma enchente, muito menos das antigas que arrastavam pontões, árvores, lenha, galinhas, porcos, abóboras, enfim muito do que a enxurrada apanhava pela frente. Porém - "Inverno de cheia, Verão de fartura", diziam os antigos...
A inundação que ontem aconteceu no recinto da feira semanal, a que acorreram os bombeiros, foi a repetição de anteriores ocorrências motivadas principalmente pelo entubamento, do pequeno ribeiro que vem de Gumirães, passa à beira do Fontelo, atravessa a estrada junto ao campo de futebol Alves Madeira corre junto ao muro do recinto, percorre o terreiro para terminar no rio. Uma vez que o antigo canal a céu aberto atravessava os terrenos agrícolas era usado para rega e mais tarde transformado em esgoto foi esganado, com manilhas de calibre reduzido, é natural que aconteçam inundações. Sobretudo quando a grelha junto à entrada da Rua do Arco fica entupida e a água salta do caneiro. Outro factor é o assoreamento do rio e a forte corrente que impedem a água de sair e ainda o fecho da represa da ribeira. Também correm para o terreiro, parcialmente zona de leito de cheia, nos dias de temporal, as águas da chuva vindas do Fontelo, Via Sacra, Santa Cristina, Santo António que as sarjetas não recolhem.
As imagens mostram o rio prestes a invadir o recinto da feira semanal porque as comportas da represa da Casa da Ribeira estavam fechadas, a moderna represa dos moinhos da Balsa com a comporta descida para evitar a subida do nível da água junto do Forum, as novas poldras do actual CMIA (Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental) e as antigas poldras da Balsa que mal se distinguiam da ponte da circunvalação.