EDITORIAL


Quando eu me poupe a falar,
Aperta-me a garganta e obriga-me a gritar!
José Régio


Aqui o "Acordo Ortográfico" vale ZERO!
Reparos ou sugestões são bem aceites mas devem ser apresentadas pessoalmente ao autor.

20120622

Cavalhadas de Vildemoinhos


(...) “Logo na tarde do dia 23 de junho concorre muito povo de Viseu e pontos mais distantes, que enche litteralmente o grande terreiro da capellinha, onde se queima bastante fogo preso e solto e se forma um grande arraial com muitos descantes e danças caracteristicas, tocando varias philarmonicas, etc.
Todo aquelle immenso povo ali passa a noite em folguedo e no dia seguinte, ao nascer do sol, rompe e se organiza a histórica e legendaria cavalhada.
Na frente vae o mordomo da funcção, que é quasi sempre um moleiro, montado em um soberbo cavallo e vestido de casaca preta e chapéu armado com plumas, levando de um lado o seu Alferes da Bandeira com o pendão do Baptista – e do outro dois membros da mesa da irmandade de S. João, todos os 4 com os rostos descobertos e montados em bons ginetes. Segue-se depois a cavalhada, por vezes em numero de 100 cavalleiros, todos mascarados e vestidos de modo mais caprichoso e exotico, parodiando os trages de todas as epochas?!...”(...)
(...)” A dicta cavalhada hoje é única em toda esta província e em todo o nosso paiz talvez. Deixa a perder de vista qualquer das scenas mais espectaculares das festas de S. João em Braga – e a velha e luzida cavalgata da câmara de Villa Real de Trás-o-Montes na manhã de S. João também.” (...)
In “Portugal Antigo e Moderno, Diccionario...” de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira. Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890
 
Na foto -  logotipo das "Cavalhadas de Vildemoinhos", na fachada do "Pavilhão das Cavalhadas" onde também está instalada a sede do "Lusitano".